Blizys #1

Editora Casa de Bruxa
Maio de 2009
Roteiro: Adriano Panda
Arte: Alexandre Lince
Preço: R$3,50
28 Páginas

Blizys mostra as aventuras de Breno, Rip e Hector, três crianças que se conhecem após mudarem de casa. Mas o encontro só ocorre pois os três vão atrás de seus bichinhos de estimação, os gatos Bruno e Suchi e o cachorro Skipp, que somem após a mudança. As crianças resolvem se juntar e ir atrás de seus bichinhos, que estão ameaçados pelo homem da carrocinha.

A história é bem infantil, assim como as piadinhas, que acabam não sendo muito engraçadas.

O miolo é todo colorido, mas a arte é muito simples e a colorização é bastante básica. Talvez a história funcione melhor para crianças, mas ainda assim, poderia ser melhor elaborada.

O que é história em quadrinhos

Brasiliense

1985 (acho)

Sônia M. Bibe-Luyten

92 páginas

Fazendo parte de uma coleção famosa, a Primeiros Passos (aliás, a editora voltou dos mortos só para republicar essa coleção), com noções básicas sobre assuntos diversos, o livro traz um panorama histórico resumido dos quadrinhos no mundo e no Brasil. Serve àquilo a que se propõe e traz algumas curiosidades. Não vai muito além, claro.

Os livros dessa coleção costumavam trazer vasta bibliografia comentada, mas este não o faz, devido à escassez de material à época da publicação.

E, segundo o livro, Stan Lee é desenhista (claro que isso deve ter sido corrigido em edições posteriores).

Anjos da Mata

Editora Crás
Roteiro e Arte: Wilson Kohama
Preço: R$5,00
66 Páginas

Nesse volume único a proposta é apresentar uma história que mostre a importância de nos preocuparmos com o meio ambiente. Como o próprio autor diz, o foco é na questão da necessidade da proteção de nosso planeta. No entanto, não é exatamente isso o que acontece.

A história conta da aventura de Marcelo, menino da cidade grande que odeia o que está longe da metrópole, que vai para a fazenda de um amigo de seu pai e se junta a Juliana e Aline. Juntos, os três resolvem proteger as árvores e a natureza de uma madeireira que ameaça o local, conhecendo, mais tarde, o jovem Caio que também os ajuda.

O problema da história é que ela acaba se resumindo a jovens que partem para a porrada contra os madeireiros, e quase não mostra a importância da proteção à natureza ou os problemas que a ameaçam. Além disso, muita coisa fica mal explicada, pois a narrativa é rápida demais em momentos em que merecia mais atenção.

A arte de Wilson Kohama é muito boa, mas senti falta de cenários nas cenas. Como o próprio autor diz, os traços são um pouco diferentes dos encontrados em seus outros trabalhos, como em World Police, sendo eles um pouco menos realistas. No entanto, achei que os desenhos ficaram caprichados e agradaram bastante. Só faltou um roteiro mais bem feito e que talvez seguisse a proposta original.

Regra de III #1

Roteiro e Arte: Uma pá de gente
Preço: R$2,50
40 Páginas

Regra de três é um fanzine que tem como proposta apresentar histórias diversas, de autores diversos. São, ao todo, cinco histórias sem nenhuma ligação entre si, cada uma de um autor. E, aí está a primeira falha. Não são todas as histórias que apresentam devidamente o nome do autor.

Apenas a última história parece possuir continuidade em um próximo volume. As demais são todas formadas por apenas um capítulo. Quanto ao enredo, o mesmo é bem fraquinho em todas as histórias, havendo pouquíssimas piadas boas em algumas delas.

A arte também é muito fraca. Algumas histórias apresentam ao menos uma arte um pouco caprichada mas, ainda assim, fraca.

Vamos combinar, é preciso ter um material de qualidade melhor para depois apresentá-lo dessa forma.

Introspecção #1 a #4

Roteiro: Bus@
Arte: Willy
Preço: R$1,00 cada
16 Páginas

Na série Introspecção encontramos a história de Chris, um garoto com problemas emocionais que passa por experiências um tanto diferentes e sobrenaturais, além de enfrentar sérios problemas na vida cotidiana.

Acredito que a idéia tenha se desenvolvido bastante desde o primeiro volume da série, pois a história contada no mesmo apresenta-se com várias elementos sobrenaturais que são claras metáforas, o que ainda achamos nos demais volumes, mas em menor quantidade. O mesmo acontece com os pensamentos e reflexões de Chris.

A arte lembra as obras cinematográficas de Tim Burton, principalmente em A Noiva Cadáver. E o desenhista soube aproveitar o estilo em alguns quadros, onde abusou da perspectiva e conseguiu resultados interessantes. Os personagens e alguns outros elementos da história também são bastante influenciados pelas obras do diretor já citado.

É um fanzine interessante, mas de qualidade gráfica muito, mas muito baixa mesmo. Por ser de leitura rápida, torna-se cativante quando se tem um continuismo maior da história, precisando, assim, de mais volumes para tornar-se bacana.

Melodia Infernal

Conrad
2009
Roteiro e Arte: Lu Ming
Preço: R$12,90 cada (Paguei R$10,90 em cada volume no Fest Comix!)
146 Páginas cada

Melodia Infernal é uma minissérie em duas edições que trata da história de Chen Xiangzheng, guitarrista de uma banda de rock e que tenta com todas as suas forças impedir que Wang Zhaoying, uma grande amiga de infância, entre no meio musical, pois tem medo que isso destrua a pessoa que ela é. Isso tudo no mundo dos vivos. Já no mundo dos mortos, os fatos são outros...

A Pradaria do Paraíso e o lugar que se situa entre o mundo dos vivos e o paraíso, onde se encontram as almas que descansam e onde muitas ficam exiladas por muito tempo. Lá também se encontram os Third Man, banda de heavy metal composta por Liu Hei, Zhang Xiao e Li Yanan, almas que estão no local por muito tempo e que procuram por um bom guitarrista solo a todo custo. Liderados por Hei, os três vão ao mundo dos vivos, buscando por um novo guitarrista que, para se juntar a eles, deve cometer suicídio.

Embora tenha achado o final um tanto precoce, a história se mostra bastante completa e muito interessante! Os personagens bacanas, embora alguns apareçam pouco. Existem diversas referências na história, e os detalhes escondidos como pôsteres e personagens existentes de outras histórias, ou da vida real, mesmo, são realmente interessantes de serem procurados.

A arte de Lu Ming é excelente. Em alguns momentos os traços são bastante limpos, e em outros são um emaranhado de rabiscos, que acabam por deixar o clima da história bastante denso. Poderia dizer que os traços certos são utilizados nas horas certas. E o artista consegue desenhar certas celebridades muito bem, utilizando de ótimas referências para elaborar o visual de certos personagens.

Galaxy Patrol #1

Roteiro e Arte: luihzUnreal
Preço: R$3,00
24 Páginas

Antes de mais nada, o autor se apresenta com o nome que escrevi logo acima, sim! Não foi erro de digitação, certo? Bem, embora não tenha conhecido o autor pessoalmente, esse foi mais um fanzine que comprei no último Fanzine Expo.

Primeiro volume de uma série maior, Galaxy Patrol conta a história da atrapalhada policial Julie, da Polícia Galáctica, que recebe a missão de vir para a Terra, disfarçada, e recuperar um valioso artefato. A história é apenas introdutória, apresentando a personagem e mostrando o início de sua viagem, não tendo nenhum momento incrível, ainda.

A arte é simplesmente fantástica. O artista tem um traço caprichado e deixou o trabalho com uma aparência bastante profissional. A capa, colorida, realmente chama a atenção pela sua beleza. Todos os desenhos parecem ter sido feitos com muito cuidado e atenção, e o resultado é bastante satisfatório.

Norah

Janeiro de 2010
Roteiro e Arte: Mary Cagnin
Preço: R$1,50
12 Páginas

Como a própria capa do fanzine nos informa, encontramos aqui uma história paralela baseada na série Vidas Imperfeitas, de Mary Cagnin, sendo que você encontra os comentários do primeiro volume da série aqui no Blog, feitos por mim e pelo Bozo, e também o comentário do segundo volume da série, feito por mim.

Norah é a mãe de Juno, uma das protagonistas de Vidas Imperfeitas. A história foca na reação dela diante de uma situação difícil e mostra um pouco dos motivos da complexidade da família de Juno, mostrando mais alguns parentes da garota e desenvolvendo mais outros já mostrados na série.

A arte tem algumas diferenças se a compararmos à dos primeiros volumes de Vidas Imperfeitas, sendo essas diferenças na técnica e não no traço.

A história pode ser lida e entendida tanto por quem conhece a série na qual ela é baseada, quanto por quem nunca leu nenhum dos trabalhos de Mary Cagnin. No entanto, creio que seja mais interessante ler a mesma já conhecendo os personagens e alguns detalhes de suas vidas. Embora consiga passar bem emoções como revolta e tristeza, a história não me impressionou tanto quanto a série, que nos deixa muito mais envolvidos com os personagens e suas histórias. Mas isso não a faz deixar de ser merecedora de uma conferida.