Quaquié?!

terça-feira, 30 de março de 2010

Pieces #1


Quarto Mundo
Janeiro de 2009
Roteiro e Arte: Mario Cau
Preço: 6,00
Páginas: 32

Fanzine de Mario Cau, já comentado aqui, pelo Bozo! Além de querer comentar sobre a obra (Não que eu tenha algo muito importante a acrescentar...), também acho que ela merece uma estrelinha a mais! E não, não estou ganhando nenhum trocado com os Round 2 do Blog (Por enquanto...)! Que fique bem claro!

Pieces é formado por várias histórias, bem curtinhas, sendo que algumas chegam a ter apenas uma página. Entre elas, também encontramos alguns desenhos, que talvez possam ser considerados histórias de um quadrinho só... deixo a análise para vocês. Os temas tratados são diversos, mas sempre mostram personagens que sentem falta de algo (Amor, na maior parte dos casos.). Embora curtas, as histórias são muito bacanas, e algumas conseguem emocionar um pouco. Como já disse o Bozo, qualquer um se identifica fácil com pelo menos uma delas, ou pelo menos consegue se colocar na situação de um dos personagens e imaginar como seria.

A arte de Mario Cau é fantástica. Traços limpos e belos, que agradam muito. Além disso, vários elementos que o artista coloca em suas páginas, como quadrinhos menores no meio de outro para focar parte do desenho, ou alguns objetos em destaque, tornam a leitura diferenciada e chamam a atenção.

Embora não tenha colocado nenhum brasão de indicação, posso dizer que fiquei curioso para conferir a obra após ler os comentários do Bozo, aqui no Quaquié. Quando vi os dois volumes dessa obra de Mario Cau sendo vendidos na banca do Quarto Mundo, no 16° Fest Comix, não pude deixar de levá-los para casa!

segunda-feira, 29 de março de 2010

Sátiras


http://fotolog.terra.com.br/sarava
Roteiro e Arte (?): Marcelo Saravá

Sátiras é a série de tirinhas de Marcelo Saravá, que publica, em seu Fotolog, "tiras sem desenho, duas novas todo dia" (Antes era uma nova todo dia. Vemos evolução!), como o próprio cabeçalho do Fotolog diz. Portanto, as tiras são compostas apenas de textos, em balões de fala, pensamento, ou em textos soltos, que representam diversas situações, diálogos, entre outras coisas.

Grande parte das críticas tem relação forte com o autor, satirizando as situações que o mesmo vive, trabalhos que ele faz, e pensamentos que tem. Existem outras também que formam certas séries, possuindo um tema em comum com outras, ou o mesmo desenrolar.

As tiras são muito boas, e mostram que boas idéias para histórias em quadrinhos podem dispensar desenhos! Descobri o endereço do Fotolog de Saravá em um material distribuído no 16° Fest Comix, contendo algumas de suas tirinhas. Mas meu primeiro contato foi com a tirinha que inicia esse comentário, em um informativo do 4° Mundo.

segunda-feira, 22 de março de 2010


Palestra realizada por Álvaro de Moya no Centro Cultural da Juventude Ruth Cardoso em 20 de Março de 2010 às 15:00 horas.

Imagine os quadrinhistas old school. Quando esses caras eram pivetes, Jayme Cortez era old school!

A palestra nem focou tanto nele, mas no cenário geral dos quadrinhos naquela época, na tchurminha de Moya, Cortez e outros e na Primeira Exposição Internacional de Quadrinhos.

Álvaro de Moya é uma figura, fala muita besteira...

Valeu pela infomação e pela diversão... pena que nem ele nem ninguém se lembra do evento de quadrinhos que aconteceu em Jundiaí em 84.

É possível que essa palestra seja disponibilizada em áudio. Se isso acontecer, esta mensagem será editada e receberá alguns "melhores momentos".

quarta-feira, 17 de março de 2010

Grimms Mangá: Novas Histórias


NewPOP Editora
2009
Roteiro e Arte: Kei Ishiyama
R$14,00
166 páginas

Grimms Mangá: Novas Histórias pode ser considerado uma continuação de Grimms Mangá, sobre o qual já falei por aqui antes! No entanto, o mangá pode ser lido separadamente sem problema algum, uma vez que apresenta, novamente, histórias separadas, releituras dos clássicos contos de fadas dos irmãos Grimm.

Nesse volume encontramos apenas quatro histórias, sendo elas A Branca de Neve, O Gato de Botas (Dividido em duas partes.), O Rei Sapo e A Dama e o Leão (Também dividido em duas partes.). As histórias continuam fantásticas e tem alguns detalhes bem diferentes das histórias que ouvimos quando crianças (Ou adultos... vai saber?), sendo as três primeiras muito engraçadas, cujo humor é muito bem passado através dos traços de Kei Ishiyama. As expressões do anão Licht, de A Branca de Neve, e especialmente a cara de sacana do Gato de Botas, me divertiram muito e me renderam boas risadas!

Os traços continuam lindos, cheio de detalhes e cada página merece ser observada por um bom tempo para ser apreciada apropriadamente. Só a última história, A Dama e o Leão, que conta uma história semelhante à de A Bela e a Fera, tem traços menos detalhados e, embora sejam belos, me deixaram pouco animado com a história, justamente pelo fato de eu esperar algo tão incrível como achamos nas demais. Mas a história, como nos demais capítulos, é muito boa e compensa o fato do traço ser apenas ótimo, e não perfeito.

terça-feira, 16 de março de 2010

Pacote de tiras #1 do Fruta que Caiu


Roteiro e arte: Jacques Schlender
27 tiras

Pacote com as primeiras tiras do blog Fruta que Caiu. Fazem bem em fazer esses pacotes, porque o blog não tem um arquivo organizado. Só imagino cadê os outros pacotes.

O desenho é mega simples e repetitivo, mas a expressão dos personagens não deixa a desejar.

As piadas são bacaninhas, mas poucas são realmente especiais.

segunda-feira, 15 de março de 2010

The Dreaming


Lumus Editora
2008 (Original de 2005.)
Roteiro e Arte: Queenie Chan
R$10,00 (Cada.)
192 páginas cada.

The Dreaming é um mangá de terror em três volumes. A história fala sobre duas irmãs, gemêas, Amber e Jeanie, que entram em um colégio particular, na Austrália, com a ajuda de sua tia que lá trabalha. Esse colégio fica no meio do mato, e, assim que elas chegam, coisas estranhas começam a aparecer.

Personagens secundários mais envolvidos do que parecem (Ou pelo menos do que deveriam parecer...), pistas escondidas (Que só os mais babacas não poderiam ver, sinceramente...) e uma história misteriosa por trás de todos os fatos estranhos que ocorreram e que estão voltando a ocorrer na escola... é isso que o mangá tenta passar, mas não consegue.

Os traços são simples, mas acabam por cansar... sei lá, podiam ser mais elaborados. E, sinceramente, não combinam com o clima que a história parece querer passar. Faltou um toque de "sombrio" no desenho também. Mas esse toque faltou principalmente na trama, reforço.

Só não dou uma estrelinha apenas para a série porque admito ter me animado um pouquinho no final do segundo volume, querendo saber o que viria a seguir. Mas o primeiro volume não me cativou, e a história acabou muito em aberto, sem explicar praticamente nada. Mesmo que fosse um final em aberto, poderiam ter deixado algumas coisas subentendidas, e a conclusão não seria tão sem graça quanto foi.

Já ia me esquecendo... mesmo que não tenha sido um título que tenha me agradado, agradeço a Melynna, minha namorada, por ter me emprestado. Só não o coloco como indicação pois a indicação dela foi justamente para eu não o ler...

sexta-feira, 12 de março de 2010

Princess Ai


Conrad
2006
Argumento: Courtney Love e D.J. Milky
Roteiro e Arte: Misaho Kujiradou
Personagens: Ai Yazawa
R$12,00 (Cada. Mas eu paguei uns R$20,00 nas três.)
194 páginas cada.

Princess Ai é uma série em três volumes, e conta a história de uma jovem chamada Ai que vai parar em Tokyo sem lembrar nada de seu passado. Ela então conhece o jovem Kent, por quem se apaixona e que a ajuda enquanto ela tenta ir em busca de suas memórias. Típica história de amor, que vai sendo atrapalhada pelas revelações do passado de Ai, que vão acontecendo aos poucos.

Como Ai tem grande afinidade pela música, a história está recheada de letras das músicas cantadas por ela... mas só é possível lê-las em forma de poema, afinal, não temos som saindo de histórias em quadrinhos. Pelo menos não por enquanto.

A história possui personagens bacanas, e que conseguem ser bem trabalhados apesar do arco possuir apenas três volumes. O interessante é justamente a história parecer tão completa em apenas três volumes, sem cansar e sem deixar faltando nada. Talvez pela simplicidade da trama... no quesito criatividade, já que a história é bem elaborada, ao meu ver.

O que ganha bastante destaque na história são as roupas dos personagens, principalmente as que Ai usa. Kujiradou manda muito bem, tanto no desenho das roupas quanto nos personagens, que são realmente bem elaborados.

O arco parece não representar o fim da história, e sei que há mais coisa publicada com o título, mas não no Brasil. Só não sei se são materiais extras ou, realmente, continuações da história.

quinta-feira, 11 de março de 2010

Dejá-Vù


Panini Comics
Maio de 2007
Roteiro: Youn In-Wan
Arte: Uma pá de gente (Sempre quis dizer isso depois do Bozo começar!)
R$14,90
226 páginas

Primeiro manhwa publicado pela Panini, um verdadeiro achado, pelo menos para mim, que o encontrei na época em que ainda era difícil para eu passar em bancas para comprar algo. Dejá-Vù é composto por seis histórias, sendo que as duas últimas são consideradas extras, sem relação com as quatro primeiras que formam um arco que conta uma história única, através de várias histórias. Calma, vocês já vão entender.

As quatro primeiras histórias têm como títulos as estações do ano, sendo a primeira Primavera, ilustrada porYang Kyung-Il. É aqui quecor começa o romance de nossos personagens principais, em uma história que se passa na Coréia dos tempos antigos, cheia de lendas e costumes diferentes. A seguir, temos Verão, história ilustrada por Yoon Seung-Ki, que se passa no Japão durante a guerra entre o país e a Coréia. Outono, desenhada por Kim Tae-Hyung, se passa nos Estados Unidos. Pelos traços realistas do desenhista, essa é uma das minhas histórias favoritas do arco. Para finalizar o arco, Inverno, ilustrada por Park Song-Woo, cuja história se passa em uma terra do futuro, mas não necessariamente tecnológica. O interessante é que, embora sejam histórias diferentes, com protagonistas diferentes, elas apresentam a idéia de continuidade através da idéia de reencarnação, e de como um amor pode durar e aguentar as dificuldades que cada uma de nossas passagens por aqui pode ter. Lindo, não? Não é à toa que me fascinou.

Como extras, encontramos as histórias Utilliyt, ilustrada por Byun Byung-Jun, e O Mar, com os traços de Lee-Vin. A primeira mostra a perspectiva de crianças principalmente sobre a vida e a morte, se passando na Coréia dos tempos atuais. Desenhos um tanto perturbadores, que tornam a história ainda mais especial e um tanto psicótica. Ótima. Já a segunda mostra uma história simples, com traços simples e belos, mas com uma trama nem de perto tão elaborada quanto as demais. Mas podemos dizer que é bonitinha.

Enfim, Dejá-Vù é um ótimo manhwa, com uma idéia que considerei muito bacana, de contar uma única história através de várias outras. E não seria o mesmo se a história não fosse ilustrada por artistas diferentes. Isso com certeza conferiu um toque especial à obra completa.