sexta-feira, 30 de julho de 2010
Liga Jundiaiense de Super-Heróis #1
Jundcomics e Quarto Mundo
Novembro de 2009
Roteiro e Arte: Hugo Nanni, Rodolfo Bonamigo, Ede Galileu e Val Marques
R$5,00
32 páginas
O primeiro volume das histórias da Liga Jundiaiense de Super-Heróis já foi comentado aqui, pelo Bozo!
Jundman, Homem-Chiclete, Estilingue Púrpura, Muleki Kaniveti, Italianona, Ubiratã e Garota-Urubu formam essa equipe de super-heróis, no mínimo curiosa, que tem como objetivo defender... Jundiaí? Talvez... quem sabe?
Esse primeiro volume da série trata de apresentar os personagens em uma história inicial, com arte de Hugo Nanni e com roteiro do mesmo e de Rodolfo Bonamigo. Por tratar apenas da apresentação dos personagens, a história acaba não tendo uma trama muito elaborada. A arte de Hugo, embora seja bem simples, agrada bastante.
Além das diversas pin-ups espalhadas pela revista, feitas por vários dos autores, encontramos também a história de origem do personagem Taru-man, ser extraterrestre, vegetal e poderoso, com arte e roteiro de Rodolfo Bonamigo, e a história de origem do Homem-Chiclete, com arte e roteiro de Ede Galileu.
Como primeiro volume, a revista cumpre o seu papel, apresentando os personagens. No entanto, ficamos no aguardo de histórias que desenvolvam mais os mesmos e tenham tramas mais elaboradas, em volumes futuros.
quinta-feira, 29 de julho de 2010
Clube da Voadora #1
Quarto Mundo
Roteiro e Arte: Hugo Nanni
R$5,00
24 páginas
Esse primeiro volume da série Clube da Voadora já foi comentado por aqui, pelo Bozo.
A série conta a história de um projeto secreto do governo, que tem como objetivo criar super soldados, retirando crianças, em situações precárias, das ruas, para treiná-las e utilizá-las como cobais em certos experimentos.
Quatro adolescentes se destacam entre as cobaias, formando um grupo utilizado pelo governo para certas missões. O grupo é formado pelo hábil Zerocentos, pela felina Wabluba, pelo armeiro Boca Negra e por Zé Maria, no qual a história desse primeiro volume é focada.
Além da introdução dos personagens e da situação na qual estão inseridos, temos aqui as reflexões do personagem Zé Maria sobre quem são os verdadeiros heróis de nossas vidas. O interessante é pensar que Hugo Nanni muito provavelmente inspirou-se em suas próprias reflexões sobre uma de suas profissões para discorrer sobre o fato de que um exemplo verdadeiro de herói, para Zé Maria, é seu antigo professor.
Os traços de Hugo Nanni variam bastante no decorrer dos quadros, sendo que alguns possuem desenhos mais elaborados que outros. No geral, agradam bastante. No entanto, concordo com o Bozo quando ele diz que a pintura ficou muito escura.
A trama me deixou perturbado, em certos momentos, por surpreender com situações, ao meu ver, inexperadas, e por possuir elementos um tanto bizarros. Só lendo para entender, mas considero elementos assim, marcantes, positivos para que a história mantenha-se na cabeça do leitor. Ficamos ansiosos pela continuação que, segundo o autor, focará na personagem felina, Wabluba. Coisa muito boa está por vir. Sinto isso.
quarta-feira, 28 de julho de 2010
Banzai #1
terça-feira, 27 de julho de 2010
Turma da Mônica Jovem #11
Panini/Mauricio de Sousa
2009
R$ 6,90
128 páginas
Pra começar, quero dizer que fui enganado. Geralmente, TMJ é dividida em pequenas sagas de tamanho variável. Como essa edição não dizia nada na capa, achei q fosse história fechada e comprei pra conhecer.
Bom, a arte é meio que turma da mônica, mas em preto e branco e um tanto mais detalhista e tridimensional. É realista, mas não é. É mangá, mas não é. Sei lá, mas é muito bem feita. O sombreado com retículas, então, é per-fei-to!
Bom, até uns dois terços do volume, a história é meio sem graça. Há piadas boas, mas esparsas. Perto do final, a coisa pega ritmo, piadas boas, fica emocionante e... continua na próxima edição.
Mas a série merece uma olhada.
Ah, e a Magali tá linda, a Mônica tá gostosa, e o Cascão tá um charme de brinquinho, um Corto Maltese mulambento!
Tem uma pá de gente no roteiro e na arte, mas vale destacar o próprio Mauricio (e uns parentes) e uma galera que fez Holy Avenger: Marcelo Cassaro, Petra Leão e Jae H. Woo.
Bom, a arte é meio que turma da mônica, mas em preto e branco e um tanto mais detalhista e tridimensional. É realista, mas não é. É mangá, mas não é. Sei lá, mas é muito bem feita. O sombreado com retículas, então, é per-fei-to!
Bom, até uns dois terços do volume, a história é meio sem graça. Há piadas boas, mas esparsas. Perto do final, a coisa pega ritmo, piadas boas, fica emocionante e... continua na próxima edição.
Mas a série merece uma olhada.
Ah, e a Magali tá linda, a Mônica tá gostosa, e o Cascão tá um charme de brinquinho, um Corto Maltese mulambento!
Tem uma pá de gente no roteiro e na arte, mas vale destacar o próprio Mauricio (e uns parentes) e uma galera que fez Holy Avenger: Marcelo Cassaro, Petra Leão e Jae H. Woo.
segunda-feira, 26 de julho de 2010
The Boys - O Nome do Jogo
Devir
2010
Roteiro: Garth Ennis
Arte: Darick Robertson
R$39,50
114 Páginas
Em uma realidade onde humanos com super poderes existem e decidem "ajudar" a humanidade, tornando-se super heróis, muitos deles acabam abusando de seus poderes e saem da linha. É aí que entra em ação a equipe da CIA, The Boys, formada por Billy Carniceiro, Hughie Mijão, Leite Materno, O Francês e A Fêmea, que tem como objetivo, simplesmente, escrotizar com esses sujeitos.
Este volume, cujo título seria mais apropriado se fosse "Tocando Um Puteiro", segundo nota do Editor, reúne o primeiro arco, de seis capítulos, da série The Boys. Somos introduzidos aos personagens e a essa realidade, assim como o jovem Hughie é introduzido à equipe da CIA.
Violência, pornografia e linguajar obceno são algumas das coisas que encontramos de terrível em The Boys. Tudo isso choca muito, o que só torna a história mais especial, afinal de contas, muitos dos absurdos éticos apresentados só fazem com que consigamos entrar ainda mais no clima da história e esperar por ainda mais escrotidão.
Este volume, cujo título seria mais apropriado se fosse "Tocando Um Puteiro", segundo nota do Editor, reúne o primeiro arco, de seis capítulos, da série The Boys. Somos introduzidos aos personagens e a essa realidade, assim como o jovem Hughie é introduzido à equipe da CIA.
Violência, pornografia e linguajar obceno são algumas das coisas que encontramos de terrível em The Boys. Tudo isso choca muito, o que só torna a história mais especial, afinal de contas, muitos dos absurdos éticos apresentados só fazem com que consigamos entrar ainda mais no clima da história e esperar por ainda mais escrotidão.
A arte é fantástica, sendo o miolo muito bem colorido por Tony Aviña. Além disso, encontramos um verdadeiro espetáculo de expressões faciais nos traços de Darick.
sábado, 24 de julho de 2010
Bórgia
Conrad
2005-2009
Roteiro: Alejandro Jodorowsky
Arte: Milo Manara
R$ 43,00 por volume, em média.
56 páginas
Olá a todos! Eu sou a Repolhinho e fui convidada a estrear aqui no blog neste dia importante que é o aniversário do Quaquié?! Parabéns gente!!! E muito obrigada por me deixarem fazer parte disso também!!! Mas, falando de quadrinhos...
A primeira vez que eu li uma “graphic novel” e me apaixonei por esse mundo foi quando me deparei com Bórgia, uma série de Alejandro Jodorowsky e Milo Manara, já em seu terceiro volume, que terminará no quarto, lançada pela Conrad entre 2005 e 2009.
Jodorowsky é um cineasta e escritor (entre outras várias qualidades atribuídas a seu currículo) cult do Chile que recrutou Manara, um ilustrador italiano que teve sua estréia nos quadrinhos em 1969, famoso pela abordagem erótica, para a empreitada de contar a vida de Rodrigo, de Lucrécia e do resto do clã Bórgia, uma família corrupta e cruel que fez de tudo para chegar ao poder papal e assim reinar na Itália do século 15. A igreja, naquele momento, era uma instituição extremamente corrupta e sórdida.
O foco é mais acentuado nos dois personagens mencionados. Pai e filha eram exímios envenenadores, gananciosos, sedutores e elegantes. Há historiadores que acreditam na inocência de Lucrécia, que ela era forçada pelo pai e pelos irmãos a participar de seus esquemas, trambicagens e jogos. Mas aqui Jodorowsky e Manara decidiram seguir um caminho totalmente diferente e até um pouco irreal.
Há momentos fortes e exagerados que podem chocar, o que dá mais liga em toda sordidez da serie. No primeiro livro, Sangue para o Papa, o então cardeal Rodrigo Bórgia manda decepar os pênis de 150 garotos na sua luta para chegar ao papado, além de, tentando agradar o Papa de então, tê-lo presenteado com dois garotos para servir de banco de sangue. Na época, acreditava-se que uma transfusão de sangue melhoraria a saúde do doente.
Em O Poder e o Incesto, temos sexo entre irmãos, e a historia foca mais em Lucrécia, que passa pelo 1º de seus 3 casamentos. Ela se casa depois que a esposa grávida de seu futuro marido é morta a mando de seu pai.
A atmosfera gerada pelas ilustrações de Manara só ajudam a mostrar e criar o clima rico e detalhado da época. O período da renascença é lindamente apresentado, principalmente nas primeiras páginas do primeiro volume, em que uma profecia é declamada em praça pública. O delírio do profeta é visto em toda a sua extensão. Sendo que depois percebermos que não é uma loucura tão grande assim. Famoso por suas mulheres esculturais, Manara pôde mostrar que não só disso é feito. Suas cenas de ação são boas e muito bem feitas transparecendo a agilidade dos oponentes e até a técnica do ganhador da luta.
Geralmente o senhor Milo Manara escancara as cenas de sexo em suas obras, mas, nestes volumes, isso não ocorre. Temos, sim, orgias e incestos, mas as partes que “importam” não são mostradas.
A série já é um clássico, e a Conrad a apresenta como tal, com todos os volumes em capa dura e papel de qualidade.
Recomendo esse combo de beleza, viagem na historia, diálogos sucintos, mas de grande profundidade, além de um pouquinho de sexo, criado por Alejandro e Milo.
sexta-feira, 23 de julho de 2010
Vida de Estagiário
Conrad
2005
Roteiro e Arte: Allan Sieber
R$25,00
104 páginas
Vida de Estagiário reúne algumas das tirinhas de mesmo nome, publicadas na Folha de S. Paulo, que contam as aventuras do estagiário Oséias, tanto no ambiente de trabalho, uma agência de publicidade onde todos o humilham, como na vida fora do local de emprego.
Grande parte das tirinhas são longas e possuem várias piadas em seu corpo. O nível do humor varia bastante de uma tirinha para a outra, mas todas são, no mínimo, engraçadinhas. Além das tirinhas, encontramos também diversos depoimentos de estagiários do Brasil inteiro, espalhados pelo álbum. São apenas textos, mas que, na minha opinião, são a parte mais engraçada do material, que me rendeu altas gargalhadas.
Encontramos também vários desenhos, feitas por Jouralbo Sieber, pai do autor do álbum, ilustrando estagiários de personagens históricos. Piadinhas rápidas e engraçadas.
Nas últimas páginas, temos também os famosos rabiscos e rascunhos do autor, que tanto me agradam.
Quanto ao desenho de Sieber (Filho.), achei a arte muito agradável, justamente por ser simples. Curiosidade... Sieber foi responsável pelas animações no filme O Homem que Copiava. Reconhecer a arte me deixou com a pulga atrás da orelha ao ver a capa do álbum. Só consegui matar a dúvida depois de arrancar o plástico e ler o parágrafo sobre o autor.
Manual do Minotauro
Laerte
Alemão me dizia que seria incapaz de comentar Laerte. Sabe, Laerte é Laerte, simples. Bom, eu sou capaz. Acho.
Ele tem sido pioneiro e rei nas tirinhas mais viajadas no Brasil. Mas como? Não só ele vive de quadrinhos, como se dispõe a fazê-los mui alternativos!
Eu tenho uma teoria: O mercado brasileiro de HQs teve altos e baixos, mas as tirinhas, ligadas aos jornais, sempre se mantiveram. Por isso, Laerte e Angeli continuaram sempre, mas Luiz Gê, que não fazia tirinhas, sumiu.
Com tanto tempo no mercado, Laerte meio que pode fazer o que quiser.
Que mais dizer? Ele tem o traço simples e preciso de quem desenha há séculos.
Mas, antes que alguém me mate, explico por que não dou cinco estrelas. O experimentalismo traz algumas tiras geniais. Mas também traz tiras que não fazem sentido fazem vibrar nada dentro de mim (e, imagino, de muita gente). Como exemplo, essa acima. Claro, ele faz tirinhas diárias, não posso querer que todas sejam sensacionais, mas tenho dar nota ao conjunto da obra.
"Mas você deu cinco estrelas pro Rafael Sica!" Sim, dei... eu era jovem, impressionável...
E é isso, Laerte é Laerte. Se você não conhece, você tem pobrema vale a pena.
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